DIA 38 - SANTIAGO (CH) - USPALLATA (AR)

23/05/09Acordamos bem cedo e deixamos Santiago nas primeiras horas da manhã, as ruas ainda estavam tranquilas, e fomos para Valparaíso, a 120 km por uma bela estrada. Passamos por várias vinícolas e pegamos muita neblina em todo o trajeto.

Chegamos em Valparaíso e a nossa impressão não foi das melhores. É uma cidade portuária com vários cerros ao redor e com 16 elevadores que dão acesso as partes altas da cidade.

O ponto mais bem conservado e organizado é a praca Sotomayor, com vários prédios antigos que abrigam as forcas armadas do Chile. Uma bela praca!

Andamos pelas ruas e ruelas da região central.

Na foto acima podemos ver um dos elevadores de Valparaíso.

Seguimos para o "Cerro Artilleria" onde encontra-se o "Paseo 21 de Mayo". No paseo tem uma feira permanente de artesanato e o Museu Naval. O local estava cheio de turistas, a maioria deles era brasileiros, conversamos um pouco com nossos compatriotas e seguimos para o "Cerro Bellavista".

No Bellavista encontra-se outra casa museu do poeta Pablo Neruda, chama-se "La Sebastiana".

Um pouco mais abaixo encontra-se o "Museu a Céu Aberto" com várias esculturas e pinturas espalhadas pelas ladeiras e paredes das casas.

Na nossa opinião Valparaíso está em decadência , muito mal conservada, suja e deveria estar em melhores condicões por ser um Patrimônio da Humanidade. Valparaíso vive uma nostalgia de um passado que a muito se foi. Deixamos a "Bela Valparaíso" nos versos de Neruda.

Seguimos para Viña del Mar na expectativa de encontrar o mesmo cenário, mas ficamos surpresos com a modernidade e organizacão de Viña.

Gostamos muito da cidade, mas a neblina cobria tudo e não pudemos conhecer alguns pontos de lá.

Na beira mar junto ao pacífico uma bela praia e totalmente diferente do que estamos acostumados. A água extremamente gelada e o mar encoberto pela neblina, não podíamos ver mais do que 30 metros.

Deixamos Viña del Mar para trás e seguimos para Mendoza na Argentina. Teríamos que cruzar os Andes e percorrer os famosos "Los Caracoles", estávamos ansiosos e apreensivos com essa parte da viagem, sem falar na altitude que chega a quase 4.000 metros e não sabíamos qual seria a nossa reacão.

São cerca de 430 km até Mendoza, a última cidade antes da fronteira é "Los Andes" que fica na base da Cordilheira.

Comecamos a subir e a paisagem mudou drasticamente. A cada kilômetro ficava mais impressionante o visual.

Depois de muita subida e alguns camioneiros loucos que andavam a toda velocidade na estrada chegamos aos Caracoles. A foto do GPS dá para ter uma idéia de como são fechadas as curvas.

Não pensem vocês que não estava frio, o vento fortíssimo a mais de 3000 metros.

Vencemos os Caracoles! Nessa foto vocês podem ter uma nocão das curvas.

Chegamos ao Túnel Cristo Redentor onde se tem o exato ponto de fronteira entre o Chile e a Argentina.

A 4000 metros de altura não sentimos nada, o carro aumentou o consumo fortemente e perdeu muita potência com a falta de oxigênio, mas nada que causasse algum problema, seguimos devagar até a aduana.

Na aduana correu tudo bem, sem problemas. Uma coisa que nos chamou atencão foi que cada "Paso" tem um procedimento diferente.

Entramos novamente na Argentina e já estava escuro. Alguns kilômetros mais a frente pudemos ver o Aconcágua o ponto mais alto da América.

Como já havia escurecido não queríamos descer a cordilheira e perder o belo visual, resolvemos então dormir em Uspallata que fica a 80 km do paso fronteirico, bem próximo do Aconcágua. Jantamos e caímos na cama, o dia foi longo mas muito produtivo. Amanhã a travessia segue, valeu!!!