domingo, 31 de maio de 2009

DIA 45 - TILCARA - PASO JAMA - SAN PEDRO DE ATACAMA

30/05/09O dia amanheceu com o céu azul, melhor impossível. Cruzar o "Paso Jama" com esse tempo é uma bencão. Conversando com a proprietária da pousada ela me disse que deveríamos comprar folhas de coca para prevernir contra a "Puna" a mau da altitude. Arrumamos tudo no carro e seguimos para a praca central. Os vendedores ainda não tinham comecado a trabalhar, não encontramos as folhas, que fazem efeito mais rápido, porém encontramos o chá de coca industrializado. Comprei uma caixa e saí para comprar água quente. Fizemos 2 litros do chá, quando fui colocar no copo a garrafa térmica ficou mau fechada e o chá quente caiu na minha mão, queimou feio o dedo indicador. Passamos na farmácia, compramos uma pomada contra queimaduras. Todo esse processo durou mais de uma hora. Conseguimos sair de Tilcara já passava das dez da manhã.





Seguimos bebericando o nosso chá desde o início da viagem, pois assim quando chegássemos a 4000 m não sentiríamos os efeitos. A Lud não gostou do chá, achou um gosto horrível. Eu achei bom, parece com o chá verde. É extremamente diurético.




Passamos novamente por Purmamarca, e o "Cerro 7 colores" com o céu azul ao fundo ficou ainda mais bonito.









Comecamos a subir a "Cuesta del Lipán" saímos de 2500 m e 35 km depois já estávamos a 4000 m.













As paisagens são incríveis.

















Curvas e mais curvas, subimos bem devagar apreciando as montanhas.









Mais uma vez ficamos pensando como as pessoas conseguem viver aqui, nessas condicões.










































Nesse ponto tinham algumas índias vendendo artesanato na beira da estrada, 4170 m acima do nível do mar.









































Mais alguns kilômetros e chegamos a Salinas Grandes. Um imenso salar a 4000 m de altitude.





















O vento estava super forte e um frio de matar.





























Várias pessoas trabalhavam retirando sal e enchendo grandes caminhões.











Aí comecou o nosso problema. Estava tudo indo muito bem, céu azul, sem neve, tudo tranquilo. De repente uma tempestade de areia, fechava toda a pista, ventos fortíssimos e pequenas pedras batendo no carro. Foram mais de 100 km nessas condicões até chegarmos em Susques.










Paramos em um restaurante na beira da estrada e entramos conrrendo. Dois brasileiros estavam lá também, o Álvaro e o Cláudio que estavam de moto e era impossível para eles continuarem até San Pedro. Enquanto estávamos ali conversando a janela do restaurante estourou por causa da ventania. Quase leva tudo dentro do lugar. Corremos lá e conseguimos arrumar. A dona ficou tão agradecida que nem cobrou as empanadas que comemos. O pessoal ficou na pousada ao lado do restaurante e nós seguimos nosso caminho.




















A areia descia das montanhas e invadia a pista em imensas nuvens.





























Fizemos a aduana Argentina e o policial fez o maior terrorismo com a gente. Perguntou 4 vezes se realmente íamos tentar chegar a San Pedro, disse que a estrada estava em péssimas condicões por causa da neve, dissse que dois dias antes um casal de brasileiros quase teve hipotermia, pois o carro tinha estragado no meio do caminho, blá, blá!!! Enquanto checavam nossos documentos chegaram 3 argentinos vindo do Chile, conversei com eles e me disseram que não tinha neve alguma e que estava tudo tranquilo. Somente nos disseram para não desligar o motor do carro em hipótese alguma, pois correriamos o risco do motor congelar e aí sim estaríamos com problemas. Ponderamos a situacão e resolvemos seguir. Faltavam 160 km até San Pedro. Fomos calados e tensos os primeiro 100 km esperando a cada curva quando ia chegar o pior. Quase 30 km antes de San Pedro fomos parados pela polícia do Chile e nos disseram que a estrada estava ótima sem problemas. Fiquei muito revoltado com o guarda Argentino. Não tinha nada, estrada tranquila, sem nenhum tipo de problema. Não entedemos até agora a razão disso tudo, mas tudo bem.
















































































Esse trecho da estrada é realmente magnífico, não tiramos muitas fotos para evitar de parar o carro.












O vulcão Lincancabur nos deu as boas vindas!

























Comecamos a descer vertiginosamente. Saímos de 4800 m até chegar aos 2500 m de San Pedro em pouquíssimos kilômetros. Várias saídas de emergências ao longo da estrada.











Chegamos ao Atacama sãos e salvos. Fiquei um pouco chateado pois a tempestade de areia danificou um pouco o carro. O parabrisas ficou todo picado e acho que vamos ter de trocá-lo, pois quando estamos dirigindo contra o sol não enxergamos quase nada, os faróis também estão na mesma situacão. Aqui quem dita as regras do jogo é a natureza!











San Pedro de Atacama está lotada. Isso aqui é a verdadeira Torre de Babel. Gente do mundo todo transitando pelas ruas poeirentas da cidade. É impressionante o movimento na rua principal, vários restaurantes, comércios variados e tudo mais que você possa imaginar.




















Hoje sem dúvida foi o dia mais difícil da nossa travessia até então. Mas estamos felizes de estar aqui, completamos segunda estapa da nossa viagem. Depois de 45 dias e quase 15000 km aqui estamos. Dormimos cansados mais felizes. Amanhã vamos conhecer a região. Abracos em todos e valeu pela forca!!!











































Um comentário:

  1. Ei Lud e Rodrigo, em primeiro lugar PARABÉNS|!!! Ludinha que Deus te abençoe, muita saúde, paz e alegria de viver que você tem!!!!! Mais tarde tento falar com vcs no MSN. Bem, estou um pouco atrasada em acompanhar a viagem de vcs, afinal Marianinha Linda me toma muito tempo, mas aqui estou eu para falar que estou amando a viagem e também adorando compartilhar com vocês estes lugares maravilhosos pelos quais tem passado. Que loucura aquela tempestade de areia, não é? Fico feliz por estarem curtindo tanto. Continuem fazendo ótima viagem!! Beijos, saudades, Danil , Marcos e Mariana.

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