DIA 51 - POZO ALMONTE (CHILE) - AREQUIPA (PERU)

05/06/09Saímos de Pozo Almonte bem cedo, a jornada seria longa até Arequipa e tentariamos chegar lá ainda de dia.

A estrada até a fronteira do Chile com o Peru é maravilhosa. Subimos e descemos vários vales com curvas super sinuosas e muita neblina.

As nuvens cobriam todo o vale.

E alguns kilômetros depois estávamos literalmente dentro das nuvens.

No meio do caminho bem na beira da estrada o "Geoglifo de Chiza". Na cidade de Arica bem na divisa com os dois países demos uma parada para comer alguma coisa. Abastecemos o carro e compramos alguns biscoitos, assim acabamos com o dinheiro chileno que ainda tínhamos, pois já não voltaremos mais para o Chile.

20 km após Arica chegamos ao "Paso de Fronteira". Esse foi o mais bem contruído até agora, tudo muito imponente, gigante mesmo. Fizemos a saída do Chile sem nenhum problema.

Logo na frente entramos no Peru. Do lado Peruano a mesma coisa, uma bela construcão onde fica a imigracão e a aduana.

A demora e a burocracia foram proporcionais ao tamanho do complexo. Tudo muito confuso. Depois de quase 2 horas fomos liberados e seguimos viagem.

O deserto peruano é impressionante. A estrada segue por entre as montanhas gigantes de terra, um espetáculo da natureza.

Nos vales muitas plantacões e algum sinal de vida.

O visual da estrada compensa qualquer coisa.

Muito calor, depois de quase 30 dias de muito frio e vento, voltamos a estar só de camiseta.

A estrada é extremamente sinuosa, com vários abismos gigantescos e todo cuidado é pouco.

Os 50 km que ligam a rodovia panamericana até Arequipa foram um caos. Milhares de curvas, subidas, descidas, abismos, muitos caminhões e os peruanos fazendo loucuras na estrada. Sem dúvida eles ganham dos Argentinos no quesito irresponsabilidade no trânsito. Foram quase 2 horas para precorrer esse trajeto. Chegamos em Arequipa já estava anoitecendo e ai o bicho pegou. Nos meus 36 anos de vida nunca tinha visto um trânsito assim, uma verdadeira zona, não existe nenhuma regra alguma, venha até Arequipa que você nunca mais vai reclamar das cidades brasileiras. É igual aqueles vídeos que recebemos do trânsito das cidades asiáticas. No comeco fiquei um pouco atordoado com tudo, depois entendi o que tinha que fazer. Enfiei a mão na busina e comecei a fazer tudo aquilo que jamais faria aí no Brasil, violei todas as regras de trânsito que sabia, reultado: cheguei no hotel onde ficaríamos. Aí vai a dica, não seja educado em Arequipa, pois você não sairá do lugar.

Saímos para conhecer a cidade. O centro histórico é realmente belíssimo.

As ruas estavam lotadas e o comércio todo funcionava até as dez da noite.

A primeira impressão de Arequipa quando se chega de carro é horrível. Dá vontade de dar meia volta e sumir da cidade. Siga a nossa dica e curta a cidade, vale a pena.

No caminho de volta ao hotel resolvemos tomar uma cerveja. O dono disse que já tinha acabado e mandou um funcionário comprar uma para nós. Ficamos agradecidos, mas quando ele abriu a cerveja descobrimos que ele tinha comprado em uma mercearia e tirou a cerveja da prateleira, quente, estava quase fervendo. Putz! Foi dureza, assim terminou nosso primeiro dia aqui no Peru. Amnhã seguimos para Cusco, a famosa capital do Império Inca.